A população de Bagé continua sem acesso ao serviço de raio-X na Unidade de Pronto Atendimento mesmo após a aquisição do equipamento há cerca de cinco meses. A denúncia feita pelo vereador Ronaldo Hoesel durante sessão na Câmara Municipal reacendeu o debate sobre a demora para colocar o aparelho em funcionamento. O raio-X da UPA de Bagé está encaixotado e parado, mesmo já tendo sido comprado com recursos públicos, o que revolta pacientes e familiares que dependem do serviço para diagnósticos urgentes.
Ronaldo Hoesel afirmou que o equipamento de raio-X da UPA de Bagé foi comprado quando ele ainda ocupava o cargo de secretário e que os recursos vieram por meio do apoio de aliados políticos. A situação se torna ainda mais grave pelo fato de o vereador ter enfrentado recentemente um problema de saúde com um parente e não ter conseguido usar o aparelho. Ele classificou o caso como um descaso com a população e acusou a atual gestão de falta de compromisso e má gestão dos recursos públicos.
O vereador destacou que o raio-X da UPA de Bagé está pronto para ser utilizado, mas segue armazenado por conta da demora em um processo licitatório. Segundo ele, é inadmissível que a população espere tanto tempo por um serviço essencial enquanto o equipamento permanece parado. Essa postura, segundo Ronaldo Hoesel, demonstra desprezo pelas necessidades da comunidade e impede que atendimentos sejam realizados com a eficiência esperada.
A Prefeitura de Bagé, por meio de nota oficial, informou que a instalação do raio-X da UPA de Bagé depende de uma empresa especializada, autorizada para lidar com equipamentos que envolvem radiação. Como o custo da instalação é de R$ 17 mil, não foi possível fazer a contratação por dispensa de licitação. Por isso, o processo segue os trâmites legais, o que acaba atrasando a entrega do serviço, embora já esteja na fase final da licitação.
Além do processo burocrático, a sala onde será instalado o raio-X da UPA de Bagé precisou passar por adaptações estruturais e elétricas para comportar o novo aparelho. Essas mudanças ficaram a cargo da Secretaria de Infraestrutura do município, que realizou as obras para garantir a segurança e o funcionamento adequado do equipamento. A instalação elétrica específica é exigida por normas técnicas, já que o raio-X demanda uma infraestrutura diferenciada para operar com segurança.
Apesar das justificativas da Prefeitura, o fato é que o raio-X da UPA de Bagé continua sem uso, gerando frustração e indignação na população. A comunidade esperava que, com a compra do equipamento, os atendimentos fossem agilizados e os diagnósticos realizados com mais precisão. No entanto, o atraso compromete não só a saúde dos moradores, mas também a credibilidade da administração municipal em relação à gestão da saúde pública.
Enquanto isso, a cobrança por soluções rápidas se intensifica. Moradores de Bagé esperam que o raio-X da UPA de Bagé seja finalmente instalado e colocado em operação nos próximos dias, para que a unidade possa oferecer um atendimento mais eficiente e digno. Muitos apontam que a demora reflete um problema crônico de gestão pública, em que as necessidades básicas da população não são tratadas com a prioridade necessária pelas autoridades competentes.
É fundamental que o raio-X da UPA de Bagé entre em funcionamento o quanto antes, não apenas para atender a uma demanda reprimida, mas para garantir que a saúde pública da cidade evolua em vez de retroceder. O investimento feito com dinheiro público precisa resultar em benefícios reais para os cidadãos, e a utilização imediata do equipamento deve ser vista como uma obrigação da gestão municipal com o povo de Bagé.
Autor: Semyon Kravtsov