A construção de um centro tecnológico da empresa aeronáutica Aerofot em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, deve gerar 1,3 mil empregos, estima a companhia. O complexo fica no terreno do governo do estado onde a montadora Ford desistiu de instalar uma fábrica em 1999.
No dia 22 de setembro, o governo deve assinar uma cessão temporária da área antes de concluir a venda. No espaço de 200 hectares, serão erguidos uma fábrica de aviões, pista de pouso, hangares, centros de manutenção e engenharia.
“Nós ajustamos, então, pelo período de um ano uma cessão através de um pagamento de uma espécie de aluguel, e a empresa vai poder realizar nesse terreno do seu interere os estudos necessários, fundição, solo, licenças ambientais prévias e tudo mais”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico do RS, Joel Maraschin.
O investimento previsto é de R$ 300 milhões. A empresa está no mercado aeronáutico desde 1967 e negociou 47 aeronaves nos últimos cinco anos.
Entre os veículos, estão aviões e helicópteros destinados a polícias, com fuselagem blindada e sistema de monitoramento com sensores diurno, noturno e infravermelho. Um dos helicópteros tem uma câmera capaz de captar a placa de um carro a quase 200 metros de altura.
“O plano inicial é que a gente traga a montagem final de uma aeronave. Hoje a Aeromot já representa alguns players no mundo de grande fabricantes de aeronave, e a ideia é que a gente traga já esse modelo inicial, que é um modelo que vai atender a aviação excutiva no pais, treinamento, a parte do agronegocio”, comenta o CEO da empresa, Guilherme Cunha.
O primeiro avião a ser fabricado em Guaíba será o bimotor DA62. O modelo da fabricante Diamond, controlada por um grupo chinês, é um executivo de sete lugares que funciona com querosene de aviação comum. A previsão é de que a produção inicie em 2025.