Nesta terça-feira, em ato no Salão Nobre da Prefeitura de Bagé, o Governo Municipal apresentou o projeto do Complexo Regional de Reabilitação, sancionou a lei de abertura de crédito para o equipamento, bem como anunciou a abertura de licitação para a obra. Trata-se de um Complexo que oferecerá reabilitação física, auditiva e intelectual para Bagé e outros 27 municípios.
De acordo com Clarissa Collares, coordenadora de Fisioterapia do município, o Complexo Regional de Reabilitação é um serviço de média complexidade que oferecerá atendimento exclusivo a pessoas com deficiência com vários especialistas dentre os quais médicos (traumatologista, otorrinolaringologista e neurologista), enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas e outros.
“Atualmente, o CER II – que conta apenas com reabilitação física e auditiva – já atende a cerca de 16 mil pessoas por ano. Certamente, com a inclusão da reabilitação intelectual e a construção do Complexo esse número deverá crescer”, explicou Clarissa. Com a mudança, a coordenadora aponta que haverá melhor qualidade de vida a quem precisa do atendimento. “A pessoa entra num só serviço e é atendida por essa gama de especialistas, trazendo agilidade no atendimento e maior independência e autonomia aos usuários”, disse.
Foto: Bruno Esteves
Durante o evento de apresentação do projeto, o Secretário de Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência, Ronaldo Hoesel, afirmou que este foi um projeto realizado a muitas mãos, com grande esforço do Governo Municipal. “Com certeza, em 18 meses vamos atender a muitas pessoas que precisam de reabilitação”, afirmou.
O vice-prefeito Mario Mena Kalil destacou a relevância do Complexo para a saúde de Bagé e regiões vizinhas. “Nós vamos poder fazer uma obra que traz, além de estrutura física excelente, um atendimento humano que é o que mais precisamos para nossa sociedade”, pontuou.
O prefeito Divaldo Lara chamou a atenção para o tamanho do Complexo Regional de Reabilitação, a segunda maior planta de saúde do município em sete anos. “Além do Hospital do Câncer, que erguemos durante a pandemia, esse é o maior projeto e merece ter todo o destaque. Todo esse nosso trabalho é para desenvolver um centro regional de reabilitação que é de toda a comunidade, integrado com a oficina ortopédica, oferecendo o melhor serviço de reabilitação a toda população”, disse.
Projeto
O Complexo Regional de Reabilitação é o maior projeto comunitário desenvolvido pela equipe técnica da secretaria de Gestão, Planejamento e Captação de Recursos (Geplan) no momento. Com 1770 metros quadrados de área construída, o centro custará R$ 6.896.273,69, sendo R$ 5.383.00,00 oriundos do Ministério da Saúde e R$ 1.513.273,69 em contrapartida do município. A previsão é de 18 meses para a execução da obra. Além disso, o complexo receberá do Governo Federal R$ 200 mil em custeio mensal e R$ 1,5 milhão para a aquisição de equipamentos.
De acordo com o secretário da Geplan, Alexandre Vedooto, a opção do município por fazer o projeto utilizando a mão de obra da própria secretaria, em vez de contratar uma empresa para isso, trouxe uma economia de aproximadamente R$ 450 mil aos cofres públicos. “É um projeto grande. Passamos desde a regularização do imóvel; a construção do projeto executivo; o licenciamento ambiental e sanitário – que envolve, além da Geplan, outras secretarias, como a Semapa; a abertura do crédito especial para o Complexo; e, agora, estamos lançando a licitação”, explicou.
Além dos espaços habituais de atendimento, o prédio que abrigará o Complexo contará, por exemplo, com estacionamento para ônibus, a fim de que os pacientes que se deslocam de outras cidades possam ter conforto no ingresso e acessibilidade universal, considerando todas as necessidades dos usuários, conforme explicaram os servidores do município, o arquiteto Adenáor Casalli e o engenheiro civil Sérgio Ribeiro, autores do projeto.