Conforme apresenta o Dr. Ciro Antonio Taques, em um transtorno de estresse pós-traumático, o apoio efetivo é essencial para que pessoas que viveram experiências dolorosas encontrem meios de retomar a estabilidade emocional. Esse transtorno pode surgir após situações de violência, acidentes graves, desastres naturais ou perdas significativas, impactando diretamente como o indivíduo interpreta a vida. Mais do que sintomas, o transtorno representa um desafio na reconstrução da confiança.
Por isso, o apoio efetivo deve ser multiprofissional, contínuo e centrado nas necessidades de cada pessoa. Descubra tudo sobre o tópico abaixo:
Transtorno de estresse pós-traumático: apoio efetivo através da compreensão e acolhimento
A primeira etapa do apoio está no reconhecimento dos sinais e na criação de um espaço seguro para que o paciente se sinta acolhido. De acordo com Ciro Antonio Taques, compreender que reações como ansiedade intensa, flashbacks e evitação de locais ou situações ligadas ao trauma não são fraquezas, mas respostas naturais do corpo e da mente, ajuda a reduzir estigmas. Familiares e amigos desempenham papel essencial, pois sua escuta empática e sem julgamentos transmite confiança.
Outro ponto relevante é o diagnóstico precoce. Quanto antes a pessoa tiver acesso à avaliação profissional, maiores são as chances de controle dos sintomas e prevenção de complicações como depressão e dependência química. A psicoterapia inicial, mesmo a curto prazo, contribui para estruturar estratégias de enfrentamento, regulando emoções e reduzindo a sobrecarga mental. Ao identificar o sofrimento e legitimar a experiência vivida, o processo terapêutico transforma o trauma em narrativa compreensível.
Apoio efetivo por meio de terapias especializadas
O tratamento envolve terapias comprovadas cientificamente, como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que auxilia na identificação e na reestruturação de pensamentos disfuncionais ligados ao trauma. A técnica de exposição gradual também é utilizada para reduzir o impacto das lembranças dolorosas. Como frisa Ciro Antonio Taques, esse processo exige paciência e constância, pois é por meio da repetição segura que o cérebro aprende a desligar a resposta de alerta desproporcional.

Além da TCC, a terapia de dessensibilização e reprocessamento por movimentos oculares (EMDR) tem se mostrado eficaz para reorganizar memórias traumáticas, diminuindo a intensidade emocional associada a elas. Práticas complementares, como meditação, yoga e técnicas de respiração, também fortalecem a resiliência e reduzem os níveis de estresse. O uso de terapias expressivas, como a escrita terapêutica, oferece meios alternativos para elaborar sentimentos, tornando visível o que muitas vezes é difícil verbalizar.
Integração social e acompanhamento médico
Superar o transtorno de estresse pós-traumático vai além do consultório: exige reintegração às atividades sociais e fortalecimento de vínculos comunitários. Participar de grupos de apoio permite que pessoas que passaram por experiências semelhantes compartilhem estratégias de enfrentamento, gerando identificação e esperança. Segundo o Dr. Ciro Antonio Taques, a retomada de atividades prazerosas, como hobbies ou práticas esportivas, devolve ao indivíduo a sensação de controle sobre a própria vida.
O acompanhamento médico também tem papel importante, principalmente em casos de sintomas intensos que comprometem o funcionamento diário. Em algumas situações, o uso temporário de medicações pode auxiliar no controle da ansiedade, da insônia e da depressão, sempre como suporte ao processo psicoterápico. A associação entre tratamento clínico, apoio psicológico e suporte social forma um tripé sólido para o enfrentamento do transtorno de estresse pós-traumático.
Conclui-se assim que, o apoio efetivo para o transtorno de estresse pós-traumático é um caminho que exige acolhimento, terapias baseadas em evidências e integração comunitária para que a vida seja ressignificada. Para o médico clínico geral Ciro Antonio Taques, superar o TEPT não significa esquecer o trauma, mas aprender a lidar com ele de forma saudável, sem que comprometa a identidade ou a liberdade do indivíduo. O apoio efetivo devolve esperança, fortalece a autonomia e promove qualidade de vida.
Autor: Semyon Kravtsov